23 fevereiro 2012

Amor e outras coisas


Todos passam pela a fase da infância. Isso é fato. E eu posso dizer com toda a certeza, que ela é uma das épocas mais maravilhosas. Ainda não passei por quase nada nessa vida, mas até onde eu sei, a infância é literalmente a época que você se sente no país das maravilhas. Não digo isso pelo fato da minha infância ter sido ótima, digo por que tudo lá é mais fácil, é mais bonito e mais alegre.

Você se lembra quando você tinha os seus cinco aos dez anos, ou menos, ou até mais, que você pegava seus brinquedos, ia para a rua, brincava e se sujava todo, sem a menor preocupação, chegava em casa, seus pais lhe recebiam com aquele sorriso radiante e nada para você era difícil? E que a única dificuldade naquela época era as continhas de mais ou de menos, que pareciam o fim do mundo, ou aquele ralado no joelho, de quando você caiu de uma bicicleta, de uma árvore ou de qualquer outra brincadeira infantil e perfeita?Isso era difícil para todos nós quando éramos pequenos, mas no decorrer dos anos, as coisas mudam e o nível de dificuldade só vai aumentando.

 Você muitas vezes se perde no seu próprio mundo, às vezes se perde até em seus pensamentos, e nunca consegue descobrir quem é. Lembra do seu passado, e sente uma enorme vontade de voltar a ralar o joelho e ouvir bronca dos pais, só que voltar no tempo é impossível, todos sabemos disso. Então para onde fugir? Para onde correr? Não há saída. A única saída é seguir o teu caminho, em busca dos seus sonhos e desejos, pois eles te fortalecem e te fazem crescer cada vez mais e mais.

Sabe aqueles brinquedos que te faziam rir sem parar? Eles são rapidamente trocados por enormes livros e apostilas. Sabe quando você, menina, maquiava as suas bonecas e parecia ser difícil, mas você podia fazer de qualquer jeito, pois ela sempre seria bonita para você, afinal, ela era sua? Então… No decorrer dos anos, você vira a boneca, só que você não é de ninguém, a não ser de você mesma, e você recebe críticas e elogios, como qualquer outra pessoa, você passa a ter que se maquiar sozinha e de forma certa, e isso sim vira uma dificuldade. Substituímos nossas pequenas dificuldades, por dificuldades maiores, e assim aprendemos a viver. O grau dela sempre aumenta e todos nós precisamos saber conviver com isso.

Tenho certeza que todos quando eram pequenos, queriam crescer, principalmente quando viam aqueles adolescentes nas ruas, namorando, indo à balada, rindo, conversando… Sem brincadeiras infantis, sem os pais estarem vigiando e por aí vai. Só que quando você cresce você percebe que o que você via era apenas o lado feliz e divertido da vida adolescente, e quando você descobre o lado triste, é tarde demais para voltar no tempo, e você tem que se virar sozinho para enfrentar todos os obstáculos postos em seus caminhos. E uma das coisas que você mais sente falta, é dos seus pais se preocupando totalmente com você, e também dos seus brinquedos que te faziam rir por nada.

 Você sente falta dos ralados nos joelhos, que pareciam ser a maior dor do mundo, mas que agora, a dor que você precisa enfrentar, é a dos seus sentimentos, aquela que te faz chorar, mas não por um machucado externo, mas sim um interno, e tenha certeza, dói demais, demais, muito mais do que aquele arranhão no seu joelho.

Eu sempre quis crescer, viver novas aventuras, e por um lado, gostei disso ter acontecido rápido e de poder estar vivendo isso neste momento. Conheci pessoas maravilhosas e insubstituíveis, conheci meus medos, meus sonhos, e descobri assim e ainda estou descobrindo, quem sou. Só que eu sou uma pessoa normal, como qualquer outra. Tenho dificuldades, muitos defeitos, e também qualidades. Todos nós somos assim, é inevitável. E sinto uma enorme falta dos meus cinco anos, quando eu tinha a minha coleção de Barbie e Polly e curtia o rosa.

 Quando eu ficava até oito horas na rua, brincando de pique esconde com os meus vizinhos, e oito horas me parecia tarde demais. Era incrível ser criança, era incrível achar o fácil, difícil. Fui feliz demais, e ainda sou… Só que falta coisa, sempre falta. Descobrimos coisas que preferíamos não descobrir, e são nessas horas de aperto, de solidão ou de se sentir sozinho, que você quer voltar a ser inocente e não precisar se estressar tanto. 

Mas como não vai acontecer, o mínimo que podemos fazer é nos contentar com a nossa adolescência,e viver ela o máximo possível, aproveitando o máximo de coisas que pudermos, porque da mesma forma que a infância passou rápido, a adolescência também passaráNão perca seu tempo, viva e se descubra. Essa é a hora! Siga seus sonhos, seja você! Não se perca no seu próprio caminho, e não siga o caminho que não foi feito pra você seguir!

Por: Isabella Barth confira no Fora da Minha Mente.

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